COP26
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Gazeta do Povo com informações da Agência EFE

-FOTODELDÍA- EA1455. GLASGOW (R.UNIDO), 01/11/2021.- El primer ministro indio, Narendra Modi (c), abraza efusivamente al secretario general de la ONU, António Guterres, en presencia del primer ministro británico, Boris Johnson, durante la recepción de líderes asistentes a la Conferencia de las Naciones Unidas sobre Cambio Climático (COP26), que empieza este domingo en Glasgow. EFE/ Robert Perry

O primeiro ministro britânico, Boris Johnson, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e o secretário-geral da ONU, António Guterres| Foto: EFE

O primeiro dia da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26) que acontece em Glasgow, na Escócia, foi marcado por frases de efeito e promessas grandiosas por parte dos principais líderes que discursaram no evento. A própria rainha Elizabeth, que não participou do presencialmente por recomendação médica, enviou uma mensagem de vídeo solicitando que os líderes reconheçam que “é hora da ação”.

Primeiro a discursar no evento, o premiê britânico, Boris Johnson, comparou a luta contra o aquecimento global a uma missão do personagem 007, enquanto o filho mais velho da monarca, o príncipe Charles pediu um “mundo em pé de guerra” contra as mudanças climáticas.

Embora não tenha apresentado nenhuma proposta nova, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que, ao longo da Conferência, o país anunciará novas iniciativas nos setores de agricultura, combustíveis fósseis e na luta contra o desmatamento. Em seu discurso de abertura, também pediu que o evento seja o ponto de partida para um período de “ambição e inovação”.

“Esta é a década que determinará as próximas gerações. É a década decisiva, em que temos a oportunidade de demonstrar que podemos manter o objetivo de 1,5 grau”, disse o democrata, em referência à meta firmada no Acordo de Paris.

A presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, sugeriu que a comunidade internacional coloque um preço nas emissões de carbono. “A natureza não pode pagar mais esse preço”, afirmou a política alemã. Von der Leyen falou sobre a importância de que seja respeitado o limite de 1,5 grau de aumento das temperaturas até o fim do século, em comparação com os registros pré-industriais. Para isso, considera importante a redução das emissões ainda nesta década, pois “nós estamos ficando sem tempo”. “Zero emissões em 2050, está bom, mas não é o suficiente”, disse a política alemã.

O presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez, afirmou o compromisso do país de aumentar sua contribuição para o Fundo Verde para o Clima em 50% até atingir 1,35 bilhão de euros por ano a partir de 2025. Sánchez foi o primeiro dos líderes presentes à cúpula a falar perante o plenário após a sessão de abertura do evento, e enviou uma mensagem à comunidade internacional pedindo a uma maior ambição para alcançar os objetivos contra as mudanças climáticas.

“A Espanha fará a sua parte. Estamos empenhados em aumentar o financiamento do clima para chegar em 2025 com um aumento de 50% em relação ao nosso compromisso atual”, disse.

O presidente da Bolívia, Luis Arce, denunciou o que chamou de “colonialismo do carbono”. “Percebemos que os países desenvolvidos estão simplesmente ganhando tempo, sem nenhum sentido de responsabilidade para com a humanidade e a mãe Terra. A credibilidade está em risco”, disse Arce, acusando os Estados mais ricos, que “aparecem como os campeões da luta contra a crise climática” de estarem “longe da verdade”.

“Estão tentando impor as suas próprias regras do jogo nas negociações climáticas para continuarem a alimentar o novo sistema capitalista verde e promovendo que os países em desenvolvimento precisam assumir estas regras sem nenhuma escolha”, lamentou.

Já o presidente da França, Emmanuel Macron, defendeu que a OCDE se encarregue de verificar anualmente que as transferências financeiras para nações de baixa renda sejam realizadas. “Os países da África, do Pacífico, do Caribe, da América Latina e América do Sul que mais precisam, não são os que recebem mais desse financiamento, sabemos disso”, afirmou o chefe de governo francês.

Para Macron, a organização “deve acompanhar e fazer a cada ano um relatório em plena transparência da utilização dos US$ 100 bilhões que os Estados mais desenvolvidos se comprometeram a transferir a cada ano para os de menor renda entre 2020 e 2025”


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