Policiais, militares e juízes barrados
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Alexandre Garcia – Gazeta do Povo
Novo Código Eleitoral aprovado pela Câmara prevê quarentena de quatro anos para juízes, promotores, policiais e militares poderem se candidatar nas eleições.| Foto: Marcos Corrêa/PR
O Ministério da Saúde suspendeu a vacinação da Covid-19 para menores de 18 anos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) nunca recomendou esse tipo de vacina e muitos países que começaram a dar suspenderam. Assim como já foram suspensas vacinações em cerca de 20 países, por conta de efeitos adversos, que voltaram atrás e limitaram a idade. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, chegou a dizer que estados e municípios “se apressaram” em vacinar esses jovens.
Chegaram a vacinar 3,5 milhões de jovens. Já houve registro, notificação, de 1.500 casos de efeitos adversos por causa da vacina. Aqueles que foram vacinados com a primeira dose não devem tomar a segunda dose, a menos que sejam pessoas de grupo de risco, comorbidades e coisa assim.
Mas isso é natural, é esperado, porque a vacina contra Covid é experimental. São experiências que estão fazendo ainda. A vacina mais rápida da história das vacinas até hoje foi a da caxumba e foram quatro anos. Vacina experimental é isso. Vai demorar uns três anos até a gente ter certeza dos efeitos adversos, da efetividade e da eficácia da proteção.
Por cuidado, o ministro Queiroga suspendeu porque é um risco à saúde alheia. As pessoas ficam confiando nas autoridades. A gente viu a Pfizer querendo que governo assumisse todos os riscos da vacina, inclusive eventuais processos judiciais de indenizações. Tiveram que fazer uma lei para que o governo pudesse comprar a vacina da Pfizer.
Código eleitoral
O novo Código Eleitoral foi aprovado de madrugada na Câmara e está no Senado agora. Incluíram a volta do horário eleitoral e o pior: quem for juiz, promotor, militar e policial de qualquer ordem tem que deixar o seu cargo quatro anos antes de se candidatar.
Meu Deus, o que é isso? Querem proibir que eles, que são eleitores, possam ser votados. Ora, todo cidadão tem o direito de votar e ser votado. Além disso, o artigo 5º da Constituição, dos direitos e garantias fundamentais, começa dizendo: “Todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza”. Aliás, isso não tem sido obedecido por leis que estão por aí.
E aí eu me pergunto também: se eu apareço todo dia na rede social, ou na televisão, no rádio, eu estou muito mais na mídia que um policial ou juiz. Mas eu posso ser candidato e um policial não pode? Que história é essa? Ou um jogador de futebol que está lá no palco de um estádio, um artista que está no teatro ou no cinema. Tem muito mais exposição, muito mais propaganda de graça do que um juiz, um promotor, um policial. Não faz sentido isso.
Uma volta ao passado
Uma reunião foi promovida pelo MDB, PSDB, DEM e o Cidadania com os ex-presidentes José Sarney, Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer. Sabe qual era o nome do encontro? “Um novo rumo para o Brasil”. Eu desconfio que eles queiram voltar ao rumo velho, que nos levou à essa situação de endividamento, precatórios, ideologia nas escolas, droga, insegurança pública, Estado inchado, clientelismo, eleitor de cabresto.
Eles não entenderam que na eleição de 2018, o Brasil decidiu por um novo rumo, que foi confirmado no dia 7 de setembro com o povo nas ruas. Não pode ter volta trás, é retrocesso. Um novo rumo para o Brasil é o rumo da ética, da honestidade, da política com franqueza, com sinceridade, das escolas ensinando de verdade, da família fortalecida, do combate às drogas, do combate ao crime. Esse é o novo rumo. Eu fico desconfiado quando ex-presidentes falam em novo rumo. Eu desconfio que eles querem é a volta ao rumo anterior para manter os privilégios.
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