No pós-pandemia, cresce quem aposta nas tendências tecnológicas, como o aprimoramento do omnichannel, a realidade aumentada e a inteligência artificial
Dell Technologies, Estadão Blue StudioConteúdo de responsabilidade do anunciante
28 de janeiro de 2022 | 08h00
Segundo um levantamento divulgado neste mês, realizado pelo Sebrae e pela Fundação Getúlio Vargas, cerca de 70% das micro e pequenas empresas estão digitalizadas no Brasil. Um número bastante expressivo e que mostra a importância da tecnologia após quase dois anos de pandemia da Covid-19.
Contra 59% de negócios digitalizados em 2020, é certo que esse fenômeno de inclusão digital dos pequenos empreendedores e empreendedoras está relacionado ao período de isolamento social. “Vimos durante a pandemia o quanto a tecnologia permitiu que as pequenas empresas se mantivessem abertas, mesmo fechadas fisicamente”, diz Ariadne Mecate, consultora de negócios do Sebrae-SP.
Sabe-se também que essas mudanças vieram para ficar. E não há mais espaço para dizer “eu não sei usar”. “Entender de tecnologia é fundamental para qualquer tipo de negócio, ainda mais atualmente. Ela vem para somar e ajudar numa gestão mais eficiente”, explica ela.
Quem compartilha da mesma opinião é Micheli Junco, co-founder e CTO da B2Mamy. “Para começar essa conversa, a gente precisa tirar a tecnologia do palco. Ela é o meio, não é o fim. São ferramentas e estratégias que vão ajudar a escalar a sua empresa”, conta.
E completa: “Às vezes, escuto mulheres falando ‘preciso muito de tecnologia para fazer meu negócio virar’. Não! Você precisa de força de vontade, de estratégia, pesquisa de mercado, de MVP (produto mínimo viável, na tradução da sigla em inglês). É isso que você tem que saber para o seu negócio virar. Agora, para o seu negócio crescer, você precisa da tecnologia”.
O que vem por aí
Seu caixa está com movimento? Agora é hora de entender o comportamento do seu consumidor e dar um passo além. “Pode ser o momento de contratar uma programadora, de melhorar sua estrutura tecnológica para escalar, de ter um site mais elaborado ou ter uma inteligência de algoritmos”, recomenda Micheli.
Sobre as tendências para 2022, ela responde: são as próprias pessoas. “Tudo que a tecnologia puder fazer para agradar as pessoas é o que vem por aí neste ano. Isso vai desde a coleta e tratamento de dados dentro da LGPD até a experiência do usuário, como uma realidade aumentada e a inteligência artificial, já acessíveis até para as pequenas empreendedoras”, explica.
Ariadne concorda e complementa: “Tudo começa com o aprimoramento do conceito de omnichannel, ou seja, o cliente quer ter a melhor experiência em qualquer um dos canais que ele escolher para fazer suas compras”, diz ela.
“Outra tendência que vejo é a expansão do e-commerce. Entre 2020 e 2021, ele cresceu 42%. Além disso, temos o aprimoramento dos meios de pagamento digitais, desde pix e aproximação até pagamentos com moedas digitais e cashback, e ainda o metaverso, onde o consumidor cada vez mais vai ter a sensação de realidade, mas de maneira virtual”, conclui.
Por onde começar?
Inicialmente, é preciso identificar em qual estágio a empreendedora está. Se está na fase do plano de negócios, é importante já contemplar o mínimo necessário para se atingir os objetivos traçados. Talvez, um celular seja o suficiente. “Dá para divulgar em redes sociais, conversar com seu público ou acessar ferramentas de gestão, por exemplo, apenas via mobile. Também é útil ter uma boa internet, uma nuvem e um antivírus. Dá para comprar um computador? Então, melhor ainda”, conta Ariadne.
E quando a empreendedora não se sente segura o suficiente em relação à digitalização do seu negócio? “As mulheres precisam entender de tecnologia? Não, a gente já sabe. Nós temos todas as qualificações necessárias, afinal foi uma mulher que criou o wi-fi e o bluetooth”, explica Micheli. “Temos hoje que nos envolver com isso. E estamos falando desde um celular na mão até uma mulher programadora. Todo mundo tem um pouco de tecnologia no seu dia a dia”, diz.