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Há anos um texto homônimo ao assunto deste e-mail é um dos mais lidos do nosso blog. E há séculos – O Príncipe, de Nicolau Maquiavel foi publicado pela primeira vez em 1532 – se discute qual é a postura adequada de lideranças e como exercer o poder e a influência necessários para que os objetivos comuns sejam alcançados.

Entretanto, nas empresas, como em quaisquer outras convenções sociais, lideranças informais despontam o tempo todo, muitas vezes com maior impacto e melhores resultados que lideranças hierárquicas. Por que será?

A literatura, o cinema, o teatro e até a música já exploraram à exaustão as diferentes formas de liderança. O carrasco, o mentor, o que joga junto, o que arrasta multidões. De elencar assim você já deve ter se lembrado de um ou mais exemplos de cada um desses tipos de líderes. E isso, além de ter a ver com a personalidade de cada líder, impacta também o resultado que ele entrega.

Para manter o exemplo lúdico, quando pensamos na tão famosa frase que Maquiavel nunca escreveu “os fins justificam os meios”, linkamos a ela um líder carrasco – como o musicista Terrence Fletcher no filme Whiplash (disponível no Globoplay, Amazon Prime e Star+), que literalmente faz sangrar seu liderado em busca de um resultado de excelência. Mas quem realmente utilizou de uma liderança em que os fins justificam os meios foram o Mestre Yoda (Star Wars) e o Professor Dumbledore (Harry Potter) – que são vistos como mentores.

E isso tem a ver também com os estágios de maturidade e de passagem pelo que Ram Charam nomeou “o pipeline da liderança”. Os líderes que são temidos, como Maquiavel colocaria, ou aqueles que entendem que a sua posição lhes confere poder e, por isso, é preciso agir com tal poder, estão provavelmente patinando no primeiro estágio do pipeline da liderança: de gestor de si, para gestor dos outros. Daí que o provérbio ganha força. Manda quem pode, obedece quem tem juízo.

Isso não significa, porém, que líderes mais experientes, que já passaram pelos estágios de gerir gestores, funções, negócios e corporações não possam ter comportamentos similares. Afinal, muitas decisões, projetos e tarefas acontecem na base do top-down. Que é também uma ferramenta de liderança, principalmente em momentos que a estratégia precisa ser executada com mais afinco.

E, por incrível que pareça, é aí que você vê despontar ou fortalecer lideranças informais – as que jogam junto e as que arrastam multidões. Se existe alguém dando ordens e demandando de maneira incisiva por um lado, pelo outro tem alguém traduzindo essas ordens de forma mais palatável e influente, tecendo relações e explorando os ganhos coletivos de se cumprir tais demandas. Se tem alguém dando apenas fragmentos mínimos de informação para que um projeto ou tarefa sejam cumpridos, há espaço para que exista alguém que apresente contexto, histórico e cenários possíveis.

E, não entenda errado, a questão não se resume a good cop, bad cop. Lideranças – formais ou informais – têm seus estilos diversos e, se bem capacitadas, têm também uma gama de competências que garantem não só bons resultados, mas continuidade do que se faz. A vantagem que as lideranças informais levam sobre as lideranças formais na estrutura organizacional, é que o trânsito e a troca entre elas é mais simples e mais gentil – como um favor entre amigos. Então o “manda quem pode, obedece quem tem juízo” é mais um “manda quem pode, faz acontecer quem tem amigos”. E são essas pessoas que precisam ser valorizadas e capacitadas para serem a próxima geração de líderes. Afinal, são elas quem carregam o engajamento que vai gerar o resultado.

Capacite todas as suas lideranças – formais, informais e individuais

Treinamento de liderança não deve ser exclusivo para quem ocupa posição de gestão de pessoas. Desenvolver competências de liderança em todos os seus colaboradores é o caminho para ter times mais autônomos e profissionais mais engajados e satisfeitos. Para auxiliar sua empresa na construção de jornadas de liderança, confira alguns títulos SapiênCia que são essenciais:

1 – Lider sem distância

2 – Liderança ágil e transformadora

3 – O cérebro dos líderes

4 – Como ser relevante e se tornar referência

5 – Comunicação e comportamento

6 – Empatia assertiva

7 – Inteligência social

CARACTERÍSTICAS DA VALEON

Perseverança

Ser perseverante envolve não desistir dos objetivos estipulados em razão das atividades, e assim manter consistência em suas ações. Requer determinação e coerência com valores pessoais, e está relacionado com a resiliência, pois em cada momento de dificuldade ao longo da vida é necessário conseguir retornar a estados emocionais saudáveis que permitem seguir perseverante.

Comunicação

Comunicação é a transferência de informação e significado de uma pessoa para outra pessoa. É o processo de passar informação e compreensão entre as pessoas. É a maneira de se relacionar com os outros por meio de ideias, fatos, pensamentos e valores. A comunicação é o ponto que liga os seres humanos para que eles possam compartilhar conhecimentos e sentimentos. Ela envolve transação entre pessoas. Aquela através da qual uma instituição comunica suas práticas, objetivos e políticas gerenciais, visando à formação ou manutenção de imagem positiva junto a seus públicos.

Autocuidado

Como o próprio nome diz, o autocuidado se refere ao conjunto de ações que cada indivíduo exerce para cuidar de si e promover melhor qualidade de vida para si mesmo. A forma de fazer isso deve estar em consonância com os objetivos, desejos, prazeres e interesses de cada um e cada pessoa deve buscar maneiras próprias de se cuidar.

Autonomia

Autonomia é um conceito que determina a liberdade de indivíduo em gerir livremente a sua vida, efetuando racionalmente as suas próprias escolhas. Neste caso, a autonomia indica uma realidade que é dirigida por uma lei própria, que apesar de ser diferente das outras, não é incompatível com elas.

A autonomia no trabalho é um dos fatores que impulsionam resultados dentro das empresas. Segundo uma pesquisa da Page Talent, divulgada em um portal especializado, 58% dos profissionais no Brasil têm mais facilidade para desenvolver suas tarefas quando agem de maneira independente. Contudo, nem todas as empresas oferecem esse atributo aos colaboradores, o que acaba afastando profissionais de gerações mais jovens e impede a inovação dentro da companhia.

Inovação

Inovar profissionalmente envolve explorar novas oportunidades, exercer a criatividade, buscar novas soluções. É importante que a inovação ocorra dentro da área de atuação de um profissional, evitando que soluções se tornem defasadas. Mas também é saudável conectar a curiosidade com outras áreas, pois mesmo que não represente uma nova competência usada no dia a dia, descobrir novos assuntos é uma forma importante de ter um repertório de soluções diversificadas e atuais.

Busca por Conhecimento Tecnológico

A tecnologia tornou-se um conhecimento transversal. Compreender aspectos tecnológicos é uma necessidade crescente para profissionais de todas as áreas. Ressaltamos repetidamente a importância da tecnologia, uma ideia apoiada por diversos especialistas em carreira.

Capacidade de Análise

Analisar significa observar, investigar, discernir. É uma competência que diferencia pessoas e profissionais, muito importante para contextos de liderança, mas também em contextos gerais. Na atualidade, em um mundo com abundância de informações no qual o discernimento, seletividade e foco também se tornam grandes diferenciais, a capacidade de analisar ganha importância ainda maior.

Resiliência

É lidar com adversidades, críticas, situações de crise, pressões (inclusive de si mesmo), e ter capacidade de retornar ao estado emocional saudável, ou seja, retornar às condições naturais após momentos de dificuldade. Essa é uma das qualidades mais visíveis em líderes. O líder, mesmo colocando a sua vida em perigo, deve ter a capacidade de manter-se fiel e com serenidade em seus objetivos.

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